A morte gerando vida

7 de outubro de 2013

Eis o verme que se alimenta da dor. O parasita que se sustenta tomando para si tudo aquilo que de asqueroso existe em seus hospedeiros. O sugador de toda a escuridão. O ser que só se mantem vivo por saber que sempre está morrendo.
A sensação de morte é o seu combustível.
Como é prazeroso nunca se sentir vivo!
É doce o sabor da morte. A mesma morte que não é capaz de o levar embora sem que precise acabar com seu corpo físico.
Fraca morte.
Odeia quando morrem. Ama quando vivem. A vida é o seu propósito, paradoxalmente.
Ah, ele ama a vida! Ele ama a morte... Ama a morte... A morte é tão fraca!
Verme arrogante. Parasita prepotente! Como pode querer para si todos os problemas do mundo? Como ousa não querer dividi-los?!
Morte burra...
A força da vida é tão mais expressiva! E a vida só depende da própria morte, veja só. Mal sabe ela que basta que suma daqui para que o maldito hóspede sem querer se esvaia...
Sem querer se esvaia e morra de vez, ora.
Mas sem estratégia a morte sempre perde.
Ao parasita oferecem os ares, mas o inferno foi o mais próximo que ele conseguiu de alcançar o tão sagrado céu. E essa nunca foi sua vontade, de fato. Sua vontade é poder estar. Nunca ser.
Continua vivo!
A morte é tão burra...

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