Um sorriso (amigo secreto)

24 de dezembro de 2010

Como felicitar alguém que não conhecemos? Como abraçar alguém e oferecer um presente se você nunca teve um contato com essa pessoa? É difícil abraçar alguém na rua sem nunca ter dito um "olá" para ela antes. Esse amigo secreto virtual talvez nos dê a mesma sensação... a sensação de tentar agradar alguém que você nunca viu.
Fiquei feliz quando soube quem eu havia tirado. Acho que o nome (apelido) dela me chamou a atenção, juntamente com o título do seu blog. É realmente algo que encanta. Não tenho muitas informações sobre ela, fica até difícil falar sobre. Então vou poupar as palavras para não soar como algo falso.
Minha amiga secreta tem vários apelidos, mas o que ela mais gosta é Olive
Fiz esse texto pensando em te agradar, porque esse é o intuito da brincadeira. Espero que goste.
-------------------------------------------
O que dizer sobre um sorriso?
Relatar que é uma fonte de inspiração ou um disfarce do mal interior, que traz um sentido para a vida ou camufla a dor de alguém que já não quer viver, é tão superficial. Um sorriso é um ato complexo, grandioso, único. Assim como a própria vida, descrevê-lo limitadamente com as palavras de um dicionário é o mesmo que fazê-lo diminuto.
O que é melhor que a felicidade verdadeira? Com certeza não há nada comparado à conquista desse estado de espírito. Sim, a felicidade não é apenas um sentimento, é a maneira em que se encontra a alma.
Não há dinheiro que compre um sorriso. A democracia da emoção diz que qualquer um pode ser feliz. Independente de limitações.
Ser feliz é agradecer a oportunidade de estar vivo. É uma condição necessária para o completo bem estar.
Não se conhece até então o que nos espera após a vida. Não há como dizer se é possível ser feliz após encerrarmos nossa carreira de atores nesse imenso palco da existência. Nossas limitações humanas só concluem que a felicidade se faz enquanto estamos vivos. Então não há tempo a perder. Se não somos felizes hoje, amanhã pode ser tarde demais.
Que não mais deixemos para ser felizes apenas em datas especiais. Que aprendamos a fazer de cada amanhecer um dia único e a causa inspiradora para a formação de um sorriso. Que sejamos humanos de verdade.
Que saibamos amar.
O mundo precisa é de amor.
Inspirado nas palavras de Augusto Cury.
-------------------------------------------

A Naty, do blog Revelando Sentimentos me tirou no amigo secreto e escreveu um texto EXCELENTE pra mim. Fiquei surpreso demais e gostei muito. Se quiser, você pode ler, clicando aqui.
Queria desejar um feliz Natal e um ano novo cheio de mudanças pra vocês. E que sejam mudanças boas. Para os que não amam, desejo que aprendam a amar. Para os que já amam, que amem em dobro. Que o branco simbolizando a paz possa deixar de ser apenas um símbolo e se torne real dentro de cada de um. E que o espírito de Natal permaneça após o dia 25. Boas festas!

Pra mim é mais que mudar. É aprender a viver.

18 de dezembro de 2010

Texto chato sobre mim.

São incontáveis as vezes que desejei não mais existir, com aquela sensação de sufoco e insignificância tomando conta de mim. E por achar que nada mudaria me descrevia por meio dos sentimentos que moldavam minha personalidade nos momentos em que me sentia assim. Meu nome era tédio, sobrenome, fracasso. Não que eu fosse assim, é que era mais fácil e aceitável para mim, definir o que eu era nos piores momentos. E nos momentos bons, nos quais minhas qualidades vinham à tona, não dava valor. E foi assim que me afundei no pessimismo, achando que não era nada além de um número vivendo em sociedade.
É bem mais fácil enxergar nossos defeitos do que nossas qualidades. E comigo isso funcionava perfeitamente. Embora viva em uma constante inconstância, hoje eu me controlo mais. Acho que aprendi a dar lugar à razão e usar a emoção apenas nos momentos propícios.
É engraçado como nós, humanos, somos reféns das nossas opiniões. Eu sempre fui um refém dos meus conceitos, idéias e teimosias. Só que eu era um escravo das opiniões que tinha a respeito de mim mesmo, por isso nunca mudava. Não queria deixar de ser o que era. Mesmo isso me fazendo mal.
Até que um dia ouvi um sábio dizer que a gente deve saber admitir o erro e ter uma opinião flexível o tempo todo. Porque quem defende uma idéia com unhas e dentes, sem procurar ver os dois lados da moeda, acaba fechando a mente para o mundo e para si mesmo.
As palavras que me definiam já não definem mais. Pelo menos não todas. E isso é ótimo, porque não eram palavras muito boas. Acho que estou aprendendo a lição. Devo estar seguindo o fluxo certo das coisas, ou seja, errando e aprendendo. Necessariamente nessa ordem.
Tem até um pensamento que diz que nada está tão ruim a ponto de não poder ficar pior. Por estranho que pareça, isso me motivou. Minha vida não era tão ruim assim. Eu não era tão ruim assim. Só me cobrava demais e terminava pensando que vivia a pior das vidas possíveis.
Foi assim que descobri que ainda tenho uma visão otimista das coisas. Apesar de ser bem realista em quase tudo a ponto de me confundir com um pessimista nato. Mas no fundo sei que não sou.
Dizem que a vida é um jogo. E já que estamos jogando, eu quero ganhar. Cansei de perder as batalhas que tenho comigo mesmo.
Agora é só não desviar do foco. Se for bom pra mim estou disposto a mudar quantas vezes forem precisas.

Uma nuvem escura pairava sobre mim.

7 de dezembro de 2010

Não havia luz, só escuridão. Eu enxergava pássaros, mas voavam distantes, como se tivessem medo de mim.
É tão estranho você caminhar por entre as flores e não conseguir enxergar sua beleza e sentir o seu perfume. Alguém precisava me mostrar o amor que o universo tinha para mim, porque meus sentidos estavam bloqueados e insensíveis.
As pessoas me rodeavam, mas passavam despercebidas, não me preenchiam. Eu procurava alguém, um olhar... mas não achava.
Acreditava que os olhos que eu não encontrava também estavam procurando por mim. Eu recusava tudo e todos. Sabia que ainda não havia recebido a visita do amor, tinha certeza disso. Minha visão continuava escura. E quando o amor chega, traz consigo a luz. A luz que eu tanto buscava.
Mas um dia aconteceu.
Estava convicto de que havia encontrado o tesouro que estava perdido. Estremeci. Fiquei bobo. Os outros sintomas ficam subentendidos...
Hoje eu sei definir bem a minha vida. Se resume em antes e depois do amor.

Um menino, uma alma

20 de novembro de 2010

Um menino e uma alma. Um menino com uma alma. Uma alma, um menino e todo o resto.
A vontade da alma é a vontade do menino. O menino é capacho de sua alma. Ela manda, ele a obedece.
Uma alma triste. Um menino triste. Um sorriso perdido. Fora da alma, fora do menino.
Nada nunca faz sentido por completo. Quando faz sentido para a alma, não faz para o menino. E vice-versa.
Uma caneta. O menino
Um coração. A alma.
E um papel. A vida.
O coração manda, a caneta obedece. E a história se desenrola, com os traços feitos em papel.
A vida é escrita.
Viver é o ato. Sofrer é o efeito colateral.
As escolhas são tantas. Mas o destino delas é quase sempre o mesmo. São escolhas diversas que se reduzem a nada.
Reduzem-se a nada... Como a mediocridade dessas palavras.
São apenas palavras que não querem ser compreendidas, só desejam aliviar a mente da pessoa que as escreve.
Não é preciso muito esforço para saber que mesmo lendo duas ou três vezes isso não vai fazer tanto sentido. E não é esse o intuito. Nem sempre as pessoas escrevem para serem compreendidas. Às vezes é uma só necessidade de tentar acalmar os pensamentos.
Aqui eu quero descarregar algumas coisas. Um menino, uma alma, um coração frágil e um sorriso perdido. Apenas isso.

A história de um cachorro

17 de novembro de 2010


Sabe aquele bicho que balança o rabo e pula de alegria quando você chega da rua?
Aquele que mesmo quando você não dá a devida atenção ou ignora quando pede carinho, está sempre feliz em te ver.
Pois é. Talvez ele seja o seu melhor amigo.
Eu gostei desse vídeo. Se puderem, assistam:




Via: Chongas

O lado bom da parte ruim

4 de novembro de 2010


Há quem chora e grita. Desesperado, buscando uma saída. Mas não para para pensar o que foi a porta de entrada para tanta agonia. Tem tanta gente buscando respostas sem nem ao menos refletir sobre o motivo de tudo. É tão fácil desejar fugir do caos, mas tão difícil conseguir tal feito.
Quem sou eu? Deveríamos nos perguntar antes de pensar em desistir de tudo. 
Eu sei que crises existenciais surgem às vezes. Mas é bom para quem sabe se aproveitar do conhecimento que é adquirido tentando responder a tantas perguntas. É um exercício para a mente. E o que tem de mentes sedentárias espalhadas pelo mundo não é brincadeira.

Sofrer, ser humilhado, esquecido, sentindo dor...
Solidão, medo, angústia, depressão.
Desejo louco de se despedir da vida.
Entre outros.
Como somos privilegiados por termos momentos e sentimentos assim!
Loucura dizer isso?
Talvez...
Mas se pararmos para pensar, seria loucura dizer o contrário.
Se temos crises, estamos vivos.
Estar vivo é um privilégio, ou não?

Vontade x Obrigação

3 de novembro de 2010

O que eu QUERO fazer e o que eu PRECISO fazer 
geralmente são coisas completamente diferentes.

Espaço vazio

30 de outubro de 2010

Há um vazio tão grande. Um espaço gigantesco. Que volta e meia se preenche com alguma coisa.
Quando cheio, fico satisfeito. Mas o que me satisfaz é algo que precisa ser renovado sempre, a todo instante. Eu sugo rapidamente tudo o que é cultivado nesse espaço, e vivo disso. Preciso repor constantemente sempre que se esgota. Se não me preencho, não tenho energia. Sem energia não há forças.
É como se dependesse de tal fonte energética. Sem ela, nem o sono me traz a paz.

Criar um mundo

28 de outubro de 2010


Eu me sento num banco qualquer e observo. As coisas acontecem em um ritmo sincronizado e monótono. Todo dia a mesma coisa. As mesmas pessoas, as mesmas tarefas, as mesmas falas. O cumprimento que desencadeia o início de uma conversa, um beijo no rosto ou um aperto de mãos que se dá ao final.
Eu aqui sentado, ouvindo uma música talvez, analiso superficialmente as pessoas, já que não dá para adivinhar o que acontece nas entrelinhas da vida de cada um.
O comportamento humano é curioso. A jovem que sai de casa com um livro na mão, preocupada com a prova que irá fazer ao final do ano, anda rápido como se não houvesse tempo a perder. Preocupada com o seu futuro, pressionada pela família e pela sociedade, tem medo do fracasso. O garoto de quinze anos, no ápice hormonal da puberdade, preocupa-se com quase nada, quer namorar, curtir a festa ao final de semana e seu único medo é levar um fora da próxima garota que vai arriscar um beijo.
Às vezes chove. Alguns se agasalham quase que totalmente, outros saem sem camisa, com shorts curtos como se fizesse um sol escaldante. É engraçado.
O senhor de idade que vive seus últimos dias de vida, pensando em tudo que já fez, com um olhar perdido, lá no horizonte. “Um dia fui jovem, fiz muito pelo mundo, agora ele me trata como algo inútil”. Temos a criança que quer brincar na rua com os amiguinhos e sua única preocupação é se seu pai comprou o video-game que tanto prometera.
A dona de casa, o senhor da padaria, o vendedor ambulante, o mendigo sentado na porta da minha casa, o empresário dentro do seu carro importado cumprindo suas obrigações e horários agendados. São vidas, várias vidas. São histórias, experiências ou o início delas.
Mas tudo parece tão programático. O sol nasce no início do dia e se põe ao final da tarde, e o que acontece nesse intervalo é igual todos os dias. Parecemos robôs. Alguns até andam e agem como tal.
Nós nascemos, crescemos, estudamos, trabalhamos, nos casamos, formamos uma família, procriamos, nos aposentamos e morremos. E é tudo assim, dentro das leis estabelecidas pelos próprios humanos, sob o argumento de que sem regras as coisas fugiriam totalmente do controle. Às vezes eu queria que fosse tudo diferente, sem toda essa programação de vida, que as coisas fossem imprevisíveis. Mas é difícil, se até eu estou contido nesse sistema. Sistema louco.

Pensamento

26 de outubro de 2010


"somos a única espécie, entre milhões, que pensa e tem consciência de que pensa, um privilégio e uma armadilha"

O Vendedor de sonhos e A Revolução dos Anônimos (Augusto Cury)


Dezesseis

23 de outubro de 2010

Tentam me mudar. Reclamam do meu humor. Dizem que não tenho motivos para agir da maneira que ajo. Falam que sou estranho. Se abaixo a cabeça querem ela erguida, se ergo me julgam prepotente.
Me pedem sorrisos, perguntam o que eu tenho. Eu sei lá o que tenho.
Querem me moldar, mas a época que era possível fazer isso já passou, agora é tarde.
“Que personalidade difícil de lidar”, dizem. Nem sabe o que se passa na minha cabeça. Nem sabem dos traumas que carrego. Nem desconfiam que um dia eu queria ter aprendido a sorrir, mas não me ensinaram.
Tive que tapar os olhos, fechar a boca, ouvir menos e respirar, só respirar. Pedia ao papai do céu que mudasse as coisas, que me tirasse dessa. Só tinha a ele.
Tive que dizer que acreditava em Papai Noel para não me rejeitarem. Tive que fingir ser normal o tempo todo.
Agora me querem diferente. Mas ensinaram-me a ser nervoso, a cultivar o medo, o orgulho, a impulsividade, a ira e tantos outros defeitos.
Tive que aprender a amar e buscar um motivo para sorrir, sozinho. Sempre sozinho.  Eu me reergui, inesperadamente. Mas às vezes tenho recaídas. É difícil para mim, nem tudo é de fácil superação.
Às vezes eu tenho vontade de desistir. Não peço que me entendam, eu também não entendo vocês. Mas não me cobrem tanto, eu não os cobro assim.
Aiaiai, “vida, louca vida”.

Traumas

10 de outubro de 2010

Fatos do passado eram apenas fatos em andamento antes de se tornarem traumas. É como definir um período histórico, que só pode ser feito após ter acontecido, nunca no seu decorrer. Até porque não se pode prever o futuro.
Meus traumas não são tão abomináveis. Para os outros, é claro. Para mim são terríveis. Eles não me causam mais tanto medo, mas invadem minha mente às vezes e me causam angústia e geram pensamentos que são engolidos por outros pensamentos.
E hoje, minhas experiências de vida podem se tornar traumas daqui a algum tempo. Não que eu possa prever o que acontecerá. Mas é a sensação de medo que me faz sentir isso. Alguns fatos já me causam fobias, isso é certo. Muitas coisas eu evito. Desvio olhares e nego pedidos, porque eu já sei o que pode me acontecer. 
Às vezes enxergo o que não devia, passo por momentos em que eu não tenho controle ou que não fora planejado. E é irônico saber que mesmo assim meus traumas se fazem necessários.
Não se cura a dor tão facilmente como se deseja. Nem tão rápido como sua vinda. Resta é tentar lembrar de esquecê-la todos os dias. 

Vida

8 de outubro de 2010

(Isso é uma música. O texto não é meu, os créditos são dados ao final, juntamente com a música. Desculpe por fazer pensarem que fui eu o autor.)

"A nossa vida é uma coleção de saudades, pelo menos a minha é. Um trem sem marcha ré.
Pernas robotizadas, impulsionadas para frente. Às vezes eu queria fazer diferente.
Tive três ou quatro cachorros que se foram sem eu entender.
Como se explica para um filho o que é morrer? Como se explica para um coração o que é morrer?
A verdade é que é preciso morrer para entender.
Cada vida é um circo passageiro. Me sinto em casa mas sei que sou forasteiro.
Outra alma sem rumo, outro corpo sem prumo. Daqui já vi tanta gente partir mas nunca me acostumo.
Já vi tristeza no olhar das pessoas que eu amo. Já fui tristeza ao me afastar das pessoas que eu amo.
Não só por morte, mas também por diferenças. Descobri que o amor não difere costumes, vontades e crenças.
E eu tive que me despedir, seus olhares eu guardo aqui. Onde estarão seguros, onde nunca terão fim. Vocês se vão, mas nossos momentos são tão vivos dentro de mim.
Morte não vê lamentos, leva sem ter escolha. Floresta não sangra por perder uma ou outra folha.
Então vê se você dá valor moleque. Porque a vida além de curta é uma luta de um só golpe." ♪

Metamorfosicamente dizendo...

4 de outubro de 2010


Estava só porque precisa estar só. Não era por vontade própria, mas achava melhor assim.
Buscava o sentido da vida enquanto os outros simplesmente a viviam. Pensava demais, e sua experiência era baseada em vidas alheias, até porque a sua era um tanto sem graça.
A solidão às vezes se faz necessária. Mas sempre machuca. E como o machucava.
Queria não precisar passar por isso, mas não havia muitas opções. Um ser que se imaginava, que se mascarava e se maquiava. Era tudo que não queria, mas aprendeu a gostar disso.
A solidão sangrava seu coração. Era tão só que não confiava em si próprio. Ou confiava, mas não constantemente, e nem suficiente. Razoavelmente.
Amava, mas era triste. Não odiava, só achava que sentia ódio, mas nunca o sentiu de verdade. A não ser a aversão por ser só. Isso havia presente. Exageradamente.
A solidão mata aos poucos, mas não o faz sem antes torturar. E se sentia cada vez mais morto. Não havia esperança, ou qualquer sentimento de positividade. Estava cansado de palavras bonitas e falsas. Não confiava em mais ninguém e assim foi se destruindo aos poucos.
Até que um dia tudo se acabou. Só restou um ser, em uma forma inimaginável. Um dia ele iria ressurgir.
Ele viveu a solidão, porque ele precisava viver a solidão. E era necessário morrer para nascer novamente. E isto estava em seus planos. Ele pensava demais...
Como numa metamorfose, se transformou em outro. Dessa vez mais experiente. Não tão diferente de antes. A solidão ainda o assombra, às vezes. Mas quebrou paradigmas da sua própria vida e agora sente vontade de viver. 

Meu medo

28 de setembro de 2010


Será que um dia tudo o que eu sonho se tornará real?
Preocupo-me com isso. Tanto que esqueço de que tudo o que hoje se faz real, poderá um dia se tornar apenas sonhos.
Sonhos distantes, quase impossíveis de se alcançar novamente. Porque é difícil reconquistar qualquer coisa, seja o que for. É trabalho dobrado.
Eu não tenho tantos sonhos, mas temo um dia ter.
Temo um dia sonhar com o que eu já tive e ter que me conformar com simples lembranças.
Medo de perder tudo...

Condições, não mandamentos

20 de setembro de 2010


Existem dois caminhos: a liberdade e a falta dela. Escolhe-se um. E apenas um.
Porque “quando o tema é vida, meio termo não existe”.
Quem se apóia em cima do muro, morre tentando encontrar o equilíbrio. E quando cai na real, já era. Despenca para um lado da parede e tomba no chão. Se escolhesse desde o início um dos lados, evitaria escalar o muro, para depois ter que se ver caindo.
Quem opta por ser livre exclui os limites, as regras, as imposições. Mas quem disse que ser livre é bom? Particularmente, eu nunca conheci alguém de fato, livre. E se não é totalmente, não pode se julgar livre. É ou não é.
E o caminho que sugere a falta de liberdade é escolhido involuntariamente. E uma vez estabelecido, é preciso seguir suas condições.
Não obrigo ninguém a percorrer o caminho da vida comigo. Eu simplesmente convido. Convites podem ser recusados.
Mas se vier comigo, eu te digo que há condições.  Eu não tenho poder sobre a vida de ninguém, exceto a minha. E sobre ela eu crio limites. Caso contrário, seria transformada em um circo.
E assim também, me coloco à disposição das suas condições.
Limites de uma parte e de outra. Dessa forma a convivência se torna harmônica e agradável.
Odeio seguir regras. Mas se é para o meu bem, se é para o bom geral da nação, diga ao povo que sigo.
Porém, há de seguir as minhas regras também. Seria injusto fazer apenas a minha parte, não acha?

Ingredientes da essência

8 de setembro de 2010

Sou feito da vontade de existir, sufocado pela certeza da morte, que me assombra e me vigia em cada passo, a cada novo dia.
Sou feito de sentimentos, que pulsam como um motor desenfreado, que me levam para onde quero e para onde nunca desejei ir.
Sou feito da inconstância, que me desequilibra, que me torna escravo de mim mesmo.
Sou feito do medo da perda, do medo de amar, do medo do desconhecido.
Sou feito de pensamentos, que tornam um andarilho do mundo imaginário.

Sou feito de criações, mas também de descobertas, que sempre existiram e estavam esperando por mim.
Sou feito de vários “eus”, cada um diferente de cada um, e mesmo assim continuam iguais.
Sou feito da impulsividade involuntária, que se liberta e se faz presente quando alcanço o ápice sentimental do momento.
Também sou feito de sonhos, possíveis e impossíveis.
Sou feito de tudo que já foi dito, de tudo que se repete, de tudo que é contínuo.
Sou feito da força da queda, provocada pela fraqueza da alma.
Mas assim como me faço, também me desfaço. Porque descobri o quanto sou frágil.
Sobre isso, tenho aversão.
Construir o que não existe é fácil. Difícil é conseguir reerguer as ruínas e limpar toda a bagunça que restou depois da queda de algo que um dia, com muito esforço, conseguiu existir.

--

Não aguentei ficar muito tempo longe daqui e tive que voltar.
Desculpem a demora.

Coma construtivo

25 de agosto de 2010

De vez em quando eu penso que estou vivendo em um sonho. Mas não porque minha vida é um paraíso, ela nem é.
Não é nesse sentido que eu quero dizer.
Um sonho de verdade, literalmente falando.
Penso que estou na mente de uma criança que ficou lá no passado, no final dos anos 90, morando em uma casa de aluguel e contente por poder andar de bicicleta na área de casa, porque sua mãe não permitia que saísse portão à fora.
É louco! Bem louco.
Um dia fiquei um tempão debaixo do chuveiro me imaginando com uns três ou quatro anos de idade deitado sobre uma cama de hospital, com pessoas ao meu redor e desacordado. Em coma profundo, porém vivo. Pelo menos minha mente estava viva. E sonhava.
Sonhava com isso que sou hoje. Sonhava com tudo que aconteceu, que no caso é o que viria a acontecer futuramente.
Deixa eu explicar melhor: Eu estou em um sonho, dentro da minha própria mente, com quatro anos de idade, vendo tudo que vai acontecer quando eu acordar.
E o que hoje existe e acontece é um sonho, inclusive vocês.
Essa criança (que no caso sou eu), quando sair do coma profundo será um perigo para a humanidade. Pois terá o conhecimento absoluto de tudo que irá acontecer, nos detalhes mais minuciosos e com total cautela em tudo que faz, já que sabe de tudo.
Aí eu fico me questionando: mas se essa criança por acaso não sobreviver ao coma e vier a morte?
Bom, nesse caso o universo que foi construído dentro da sua mente estará destruído. Eu, tu, ele e ela, nós, vós, eles e elas, todos, absolutamente todos deixarão de existir e o sonho acabará.
Mas será o início de uma vida real, difrente de tudo que é hoje. A criança morreu, mas o restante do mundo continua vivo.
E muitos outros universos podem estar sendo construídos dentro de mentes infantis a partir de um universo real. Mas eu nem quero pensar nisso, já tenho problemas demais da maneira que fui "sonhado" e me imaginar de tantas outras formas alternativas contidas dentro de diversos "sonhos eternos" é cansativo.
Enquanto eu pensava nisso, meu pai me gritava para sair logo do banheiro alegando que não sou eu quem paga a conta de luz.
Acho que estou com muito sono, é, deve ser isso.

Amar defeitos

21 de agosto de 2010



As pessoas não aprendem a amar o outro como ele é. Elas transformam a pessoa que ama em algo perfeito dentro da mente. Sabe, criam um ser e alimentam a ideia de que ele é assim como imaginam, se negam a enxergar a realidade e se apaixonam por esse ser inventado. Esquecem que é uma coisa fantasiosa.
No imaginário as coisas não são reais, assim é bem mais fácil se apaixonar. Porque algo feito com as características que nós atribuímos e gostamos, é mais aceitável do que se acostumar com o não-perfeito.
Aí depois de se apaixonarem apenas pelas qualidades quase fictícias da pessoa amada, começam a desprezá-la, porque passam a conhecer realmente todos os traços da personalidade. Incluindo os defeitos.
Então se decepcionam, pois aquele ser não era real. E a vítima acaba sendo a outra pessoa, que não foi amada como deveria. Foi idealizada, criada, inventada. E agora é desprezada e jogada para escanteio, já que não atende aos anseios do "criador". A realidade não é suficiente.
Mas há algo a se fazer para tentar reverter essa situação, que é aprender a enxergar o outro como ele realmente é, sem esperar demais, sem fazer ilusões, sem criar qualidades inexistentes.
Assim estaremos amando verdadeiramente, da maneria como deve ser.

PS: Nem tudo que é clichê deixa de ser verdadeiro.

-

Baseado nesse vídeo aqui. Recomendo que assistam.

Fábrica de sentimentos

18 de agosto de 2010

Meus sentimentos me dominam. Não sei porque ainda insisto em tentar controlá-los.
Eu sou o local de trabalho, a matéria prima está ao meu redor, quem trabalha é meu coração, minha mente auxilia. O produto final são os sentimentos.
O engraçado é que quem deveria ser o chefe dessa fábrica abstrata é justamente o que é escravizado pela mercadoria produzida.
Um universo paralelo construído entre as ruínas de um mero mortal.
Só que nesse caso a realidade não é alternativa. Mas queria eu transformá-la em tal forma.
Se simples fosse como escrever e falar, seria eu o monarca do reino dos sentimentos.
Enquanto isso, aguardo com esperança de continuar vivo até o fim do expediente.




                      

Conversa interior

14 de agosto de 2010


Emocionalmente dizendo, sou um multi sensações. Se é que existe esse termo.
Um pouco desequilibrado, talvez. A vida me proporciona isso. A cada dia, a cada minuto, a cada pensamento novo.
Por um momento pensei ter descoberto a solução para meus pontos fracos.
Mas não. Existem muitos outros, e outros... e outros.

Na busca do auto conhecimento avancei alguns passos. Tímidos, mas importantes.
Passei a saber que não conheço muitos dos meus limites. Vai ver eles até não existem.
Outra coisa importante: quando se ama, a alma alimenta-se de pequenas atitudes, o que pode ser ruim quando se é preciso tomar decisões importantes. Medo de fazer algo errado e ter o peso na consciência futuramente sabe?
Fico sentimentalmente manipulável (lê-se dependente).
Odeio isso! De coração.
Melhor não. Deixo o coração para amar.

E os meus olhos são teimosos, falam mais que minha boca. Enxergam demais, pensam demais, me destroem demais.
Ou não enxergam, só subentendem.
Tenho muito medo da capacidade deles. Dessa mania de analisar as entrelinhas com riqueza de detalhes e não saber como me mostrar a melhor forma de agir.

Confusas demais essas coisas.
Mas não se preocupem, só estou conversando comigo mesmo.
Costumo fazer isso às vezes.

Sem título, só uma confusão...

5 de agosto de 2010


O que seria melhor?
Viver para mim, com objetivos e metas traçadas e direcionadas exclusivamente para mim?
Seria egoísmo né?. Mas eu carrego um egoísmo dentro de mim. Todo mundo carrega.
Mesmo assim, eu não conseguiria pensar dessa forma. Quer dizer, conseguiria. Só não sei viver assim, só para mim.
Porque pensar é fácil demais. Não é à toa que eu vivo pensando. Eu gosto do que é fácil.
Mas sou meio louco. Aprecio a facilidade e sempre trilho os caminhos mais difíceis.
Dificuldades da alma, do ser, do viver. Não é nada material.
Eu estou cansado. Minha vida caiu na rotina, e quando isso acontece as coisas perdem a graça.
Já até me acostumei. Não gosto, mas é o que tenho.
Falta alguma coisa. Eu sei o que é, mas novamente seria egoísmo pedir o que falta.
Quem dera meus sonhos se concretizassem e as coisas fossem como eu quizesse.
Como eu queria acordar e enxergar a beleza do céu sem aquele turbilhão de pensamentos me acusando de alguma coisa.
"Você está fazendo isso errado", "não era isso que você parecia ser", "você precisa acompanhar o tempo".
Sabe, eu acho que estou enlouquecendo. Não digo mais coisa com coisa. Minhas ideias se contradizem a todo momento.
É certo que logo que transcrever esse momento vou sentir um certo arrependimento em expô-lo.
Porque se me perguntarem: "Como assim falta alguma coisa?" eu não vou saber responder.
Torna-se inútil minha tentativa de provocar mudanças.
Imagine uma pessoa que muda de humor constantemente, que não faz tudo que tem em mente, que deixa as coisas acumularem, que faz da vida uma ampulheta numa contagem regressiva interminável e coisa e tal. É assim comigo hoje.
O que me faz bem parece que está distante.
Estou me sentindo meio invisível. Perdendo a cor, o brilho, a graça. Estou caindo aos poucos, andando devagar, segurando nas paredes com medo de despencar.
Se eu cair, me levantem, por favor. E andem comigo.

O Rei dos sonhos

4 de agosto de 2010

"Sempre fui solitário, mas aqui nas praias noturnas do sonho, a solidão flui sobre mim em ondas que me envolvem e arrastam meu espírito.
Jogo areia nas águas escuras. Os grãos queimam enquanto caem e me trazem de volta um passado distante, quando meu rosto era altivo e os olhos cheios de orgulho." 
(Uma esperança no inferno)
-
"A morte está diante de mim hoje: como a recuperação de um doente, como a ida para um jardim após a enfermidade.
A morte está diante de mim hoje: como o odor da mirra, como se sentado sob um velame num bom vento.
A morte está diante de mim hoje: como a maldição de um ribeirão, como o retorno de um homem da guerra para sua casa.
A morte está diante de mim hoje: como o lar que um homem anseia ver, após anos passados como cativo."
(O som de suas asas)
-
Seguem acima dois trechos que me chamaram a atenção no livro de quadrinhos "Sandman".
Para quem não conhece o livro, leia um pouco sobre ele aqui.
As histórias são um tanto sombrias, mas não deixam de ser ótimas.

Diferenças iguais

30 de julho de 2010

Eu sou único. Eu não sou daqui. Ninguém me entende, porque eu penso diferente.Minha imaginação é única. Eu tenho o total controle da situação. Algumas vezes eu acho que sou um enviado que vai mudar o mundo e ser lembrado eternamente. Tenho uma visão fora do normal. Não quero seguir ordens, eu sei o que é melhor para mim. Eu sinto, eu vejo, eu faço, eu sei, eu imagino, eu tenho respostas, eu tenho uma mente brilhante e única, sou alternativo, fujo do padrão, meu caminho é largo porque tenho pensamentos que me guiam para um outro mundo...

Blá, blá, blá.

Já parou para pensar o quanto somos pretensiosos em relação à essas afirmações?
É fato que cada ser é único. Mas não nos diferenciamos tanto assim uns dos outros. Afinal, somos todos seres humanos dotados de inteligência e capacidade de raciocínio. Capazes de criar e destruir. Pensar e refletir. Nosso cérebro é constituído pela mesma matéria e o sangue que o mantém vivo funciona da mesma forma.
Mas também somos nutridos de um sentimento do qual me foge o nome. O sentimento que eleva nosso ser e nos coloca em destaque perante o restante do mundo. Isso acontece com todos. Eu tenho certeza disso.
Se sentir assim é tão normal que somos traídos pelos nossos próprios conceitos quando descobrimos a verdade sobre o comportamento humano. Digo isso tanto fisicamente, quanto psicologicamente. Esse último em destaque.

Quantas vezes eu já pensei ser o único que exercia tal atitude e de repente descobri que há uma legião de "Rodrigos" espalhados por aí que fazem exatamente a mesma coisa. Ou seja, o que me tornava diferente agora me torna semelhante.
Parei de subestimar as pessoas quando descobri que é assim que as coisas funcionam.
Não que eu queira estar reduzindo todos a uma só coisa. Até porque isso é muito superficial.
O que eu quero dizer é que da mesma forma que ninguém é igual a ninguém, também ninguém é tão diferente de ninguém a ponto de se tornar um ser superior.(?)
Confuso né? Mas aceite isso: o ser humano é contraditório* e confuso.
Essa é a graça. As mudanças diárias que atuam sobre nós em formas de pensamentos, e, consequentemente os transformam em atitudes, "temperam" a vida.
Seres estáticos serão inúteis em algum momento. Seres evolutivos serão úteis a todo momento.
Por enquanto é assim que penso...

* A menina que roubava livros

Relato da Dona Morte

25 de julho de 2010



"O ser humano não tem um coração como o meu. O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo na hora certa.
A consequência disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser as duas.
Mas eles têm uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom senso de morrer"








                                            (A menina que roubava Livros)

Gritos mudos

23 de julho de 2010

E a vontade incessante de gritar se acalma com a certeza de que ninguém irá me ouvir.
Pois não grito de dentro para fora.
Faço o caminho inverso.
E quem não conhece o interior do meu ser, não é capaz de escutar a voz que luta pela vida.
Me silencio, como de costume.

O astronauta dos sonhos

21 de julho de 2010

Estou fora da superfície terrestre, bem longe.

Disperço no espaço. Seguindo para lugar nenhum.
Eu vejo o "mundo" ficando para trás. Não tenho ar, mas vim preparado.
Meus balões de oxigênio são suficientes para uma viagem longa.
Finalmente distante dessa loucura real. Apesar de ainda estar na realidade.
Mas dessa vez é diferente. Essa realidade é tão única que deixa de ser real.

Por um instante sou só eu e um universo esquecido. Que só pode ser visitado com o fechar dos olhos e entrando pela porta do mundo dos sonhos.
É tudo tão escuro. Mas minha imaginação torna meu caminho nítido.
Sinto-me leve. Sem nada me colocando pra baixo. Sem preocupações. Sem medo. Livre de qualquer culpa.
Eu posso voar sem ter limites e regras.

Aqui de cima a Terra é linda. Um azul calmo, uns borrões brancos lembrando paz, um marrom meio esverdeado bem próximo do que chamamos de vida. Inocente quem só a conhece daqui de cima. Pobres extra terrestres, tão bobinhos. Se descobrissem como é lá embaixo, saberiam o motivo da minha viagem por aqui. Mas não me atrevo a lhes contar. Vai que um dia resolvem nos fazer uma visitinha. Iria tratá-los da melhor maneira. Assim, quando fossem embora, espalhariam por toda galáxia que o planeta Terra é cheio de pessoas felizes. Sem guerras, mentiras, tristezas, desunião, individualismo, egoísmo e que os habitantes daqui são hospitaleiros, divertidos e atenciosos. 
Meu planeta teria uma imagem perfeita. Aí só bastava torná-la verdadeira.
 

Ah, se todos tivessem a oportunidade de ver o mundo daqui. Essa imensidão azul. Essa bolinha chamada Terra perdida no espaço, mas que de tão linda, se destaca em meio a tantos outros pontos, pontinhos e pontões.
Vai ver até passariam a dar valor à ela. Ou mudariam suas atitudes para confirmar o que nossos vizinhos de universo pensam sobre como são os seres que vivem lá.
Meu planeta deixaria de ser apenas rotulado perfeito e chegaria verdadeiramente à perfeição.
Meu oxigênio está acabando, preciso voltar e roubar um pouquinho para a próxima viagem.

De volta ao mundo real.

Iideias confusas e aprendizado

16 de julho de 2010



Quando eu era criança, pensava que podia ter o mundo em minhas mãos. Que tudo seria igual e viveria eternamente feliz.
Só que o tempo foi passando e percebi que eu estava nas mãos do mundo. As coisas simplesmente mudaram e a felicidade não é constante.
Quantas pessoas passaram por minha vida, "quantos nomes eu esqueci, quantos amigos eu deixei pra trás".
E eu que nem tenho a memóroia muito boa, posso dizer que sinto falta.
Eu olho pro céu e penso que ele sempre esteve ali, viu minha vida toda passando e que é o mesmo céu que eu olhava há muito tempo.
É estranho.
Antes era união, cumplicidade, "estamos juntos até o fim". Coisas de criança... "amigos para sempre".
Hoje eu vejo que não era nada disso. É cada um por si. Uma vida individual para cada um.
Mas será que eles pelo menos lembram de quando tudo era inocente e o mundo era um colorido sem fim?
Espero que se lembrem. Eu não esqueci.
São poucas as coisas que continuam iguais.
Nossa!! quantas casas, quantos carros, quantas pessoas novas que entram e saem de nossas vidas a cada novo dia.

Mudanças.

Algumas coisas ainda levam minha mente à uma viagem rumo ao mundo da imaginação.
As músicas, as fotografias, os objetos, as próprias pessoas, as roupas, as cicatrizes, um programa de TV, um vestígio, as mágoas, as lembranças, o cheiro, o gosto, o rastro de passado... Tudo!
Cada coisinha tem uma história.
E só de lembrar que muitas coisas só ficam na minha memória me causa tristeza. Queria algo para representar aquele momento, aquelas pessoas. Algo que eu pudesse olhar e dizer:
- Puxa, como faz tempo né?
Deixei as coisas passarem sem perceber que futuramente sentiria falta.
O futuro chegou, e o que me restou foi o sentimento nostálgico.

Não posso reclamar do que aconteceu no passado. Não me atrevo.
Cada situação, atitude, discussão, cada detalhe foi importante. Afinal, foram eles que me transformaram no que eu sou hoje. E eu me valorizo.
Não me prendo ao que passou. É que gosto de lembrar dos fatos e dar risadas, sonhar, chorar ou torná-los experiência.

Demorei algum tempo para chegar a conclusão de que o meu presente se tornará o passado de amanhã. E assim será até o dia da minha morte.
Se eu tomar as atitudes certas hoje, futuramente eu vou gostar de lembrar.
Por isso eu dou valor às coisas simples. Um sorriso, um momento, uma carta ou uma foto. Não importa. Pode não ter um valor comercial, mas o valor sentimental é que a gente nunca esquece.
Não devo ficar triste por causa do passado. Eu descobri isso.
Devo ficar feliz, porque tudo de bom que aconteceu anula tudo o que de ruim eu passei. Funciona como aqueles filmes de super-heróis, nos quais o bem sempre prevalece.
Passei a enxergar o meu passado como minha maior fonte de inspiração. Está tudo guardado na minha mente, quando eu preciso de algo eu pego lá dentro.

É simples. Só viva.
Não deixe de viver por arrependimento. Mas também não faça nada do que possa se arrepender.
E não, sua vida não é ruim. Você que não dá uma chance para ela ser melhor. Tudo depende da gente, nada cai do céu. Só a chuva, e mesmo assim ela não se origina lá em cima.

Um "Eu" momentâneo

8 de julho de 2010


E hoje me deu vontade de escrever.
Talvez seja essa minha válvula de escape. Escrever....
Mas logo hoje, um dia em que eu me sinto indigno. Sem sentimentos pulsando dentro do meu peito.
Na verdade pulsam. De forma ordenada, mas pulsam. É que meu comum é não ter controle sobre o que eu sinto, daí quando tenho o controle eu saio de mim.
É que hoje eu estou naqueles dias em que nada é valioso, nada faz sentido. Nem sequer um sorriso é arrancado do rosto.
Minha alma está estagnada.
Não me peça um conselho hoje, pois não saberei como lidar com isso.
Mas por favor, não me condene. Não faço por mal.
Amanhã talvez eu me reconstrua novamente. Se quiser me explorar, deixe para fazer isso amanhã. Hoje não vai conseguir nada.
Meus pés agora estão gelados. Eles refletem a frieza desse ser que hoje habita meu interior.
Mas é só por hoje. Ele veio a passeio, logo, logo estará partindo. 
Me perdoe antes que aconteça algo e eu não saiba me desculpar. Me perdoe se a ansiedade e a impulsividade hoje dão forma a um novo Eu. Um alguém com quem ainda estou aprendendo a conviver.
Um alguém que vai e volta. Sem rumo, sem direção, sem piedade...
Qual o motivo disso tudo?
Eu infelizmente não sei. Quem sabe um dia eu descubra.
Enquanto isso eu busco adaptar-me a mim mesmo. 
Perdão mais uma vez. É que eu sou assim...

Meu eu interior anda meio louco

7 de julho de 2010

Novamente eu me sinto estranho. Novamente eu saio do meu normal... ou quem sabe esse seja o meu normal.
Mas essa tal normalidade nem pode ser definida. Quem dirá eu.
Mais uma vez eu me vejo pensativo. Minha mente parece um rádio, eu merecia um descanso. 
Eu sinto que novamente estou só. Apesar de não estar só de fato. Mas essa solidão é estranha, assim como eu me vejo. Ela vem aos poucos, e vai acabando comigo da mesma forma... aos poucos
É saudade, é angústia, é medo, é tudo aquilo que eu já cansei de dizer.
Mas talvez o culpado seja eu.
Ah, mas eu não posso me culpar. Eu faço o melhor que eu posso, eu juro que faço.
Será que o simples fato de eu tentar dar o melhor de mim já não é suficiente? Qual é mundo, não me cobre tanto.
Eu queria ser livre. Independente. Dono do meu próprio nariz. 
Parece loucura, mas já pensei em fugir. Fugir de casa, das pessoas, das mentiras, das indiferenças, da ingratidão, do mundo, fugir de mim. Mas não adianta. Eu sentiria falta disso tudo, por mais estranho que pareça. Correr dos problemas não é a melhor atitude. 
Lá longe, onde quer que eu estivesse, eu ia continuar me preocupando da mesma forma, ou mais ainda.
Blá, blá, blá.
O fato é que eu cansei de mim e desses surtosque eu tenho às vezes. Talvez se eu entrasse em estado vegetativo por uns três meses e por milagre voltasse à vida, as coisas mudariam por completo. Acho que o medo de me perder despertaria nas pessoas algum sentimento verdadeiro (ou não).
Cansei de descrever o momento (se é momentâneo, logo vai passar. Só quero que fique registrado). Agora deixa eu viver...
Só uma observação importante: eu não costumo mentir.

Respostas sempre nos levam a novas perguntas

1 de julho de 2010

Vivo buscando respostas, mas nunca as encontro. Eu posso me sentir livre, mas sei que não estou. Estou preso.
Quando eu sinto que posso voar, alguém corta minhas asas e eu caio. Junto todas as penas, faço uma emenda e tento subir de novo.
Mas não consigo. Alguma coisa me prende.
O medo, a insegurança, as dúvidas. Essas são as correntes que me prendem.
Já pensei muitas vezes estar sobre o controle de tudo. Mas eu me engano sempre. Na verdade eu não consigo controlar nem o que eu sinto, quem dirá as outras coisas.
Eu sou o falso super-herói. Tenho forças. Ou melhor, eu acho que tenho forças. Meus pontos fracos estão espalhados pelo mundo, mas são fáceis de serem encontrados.
Quem sabe um dia eu possa ter a solução para todos os meus problemas. Ou porque não, a solução para os problemas de quem eu amo? Eu só queria poder ajudar poxa.
Tenho receio de causar uma má impressão. Essa paranóia me deixa confuso. Eu cobro muito de mim mesmo e espero demais das pessoas. Por um ato de egóismo, eu quero tudo do meu jeito e esqueço que os outros também têm seus problemas.
Em quem devo confiar afinal? Em mim, na minha intuição, no meu modo de ver os fatos? Ou nas pessoas, na intuição das pessoas, na maneira que elas encaram os fatos?
Lá vem eu de novo com perguntas sem respostas...
Só queria não precisar me questionar tanto. Me entender e me conhecer de verdade. Eu até me esforço. Uma hora eu consigo. Talvez a falta de experiência contribua com isso.
Experiência... acho que um dia eu posso dizer que tenho.
Hoje eu a busco, eu a vivo, eu uso do pouco que eu tenho dela e somo com o que eu ainda vou ter dela (Hãn?).
Mas já chega de pensar por hoje. Eu preciso agir. Se pensar resolvesse meus problemas eu já seria um homem perfeito.
Vou pensar no que fazer... (ops oO)

Ser diferente é mais normal do que você imagina

26 de junho de 2010


Ser diferente é legal. Mas na verdade, o que é ser diferente?

Será que ser diferente é fazer o contrário do que os outros fazem? (Mas como posso fazer o inverso do que os demais fazem, se cada um tem seu jeito de ver, fazer e interpretar as coisas?)

Será que ser diferente é ter a coragem de assumir a sua personalidade para um mundo onde vivem pessoas que se escondem debaixo de falsas máscaras?

Talvez seja essa a melhor definição.

Sei lá... A verdade é que não existe ninguém igual a ninguém. Existem pessoas que concordam em certos pontos, mas sempre irão discordar em outros.

É natural do ser humano querer ser visto como alguém único, especial, cheio de idéias, o "mente aberta" da rodinha de amigos ou o queridinho da família. Só que as vezes as pessoas deixam isso subir à cabeça e acabam fazendo tudo igual de novo (por que querer ser diferente é tão normal, que acaba por ser diferente aquele que não tá nem aí pra esses rótulos). É normal querer a atenção das pessoas, talvez seja instinto, vai saber né...

As pessoas amam ser diferentes, mas odeiam ser vistas como diferentes. Talvez por medo de não serem aceitas, ou talvez por que seguir contra o fluxo seja uma  tarefa difícil e traumatizante. Afinal, as pessoas vão te julgar, te excluir, te jogar pra escanteio e você só vai ser aceito pelos "gandulas", que metaforicamente, são as outras pessoas que também arriscam assumir a sua personalidade sem medo das consequências.

O mundo é cruel, ele não se importa com você. Ele só se importa com o que você tem a oferecer a ele. É um jogo de troca de favores. Onde o mundo te oferece o que você deseja e você o recompensa fazendo suas vontades.

Mas vale lembrar que podemos nos adaptar ao mundo. Na verdade é nossa obrigação nos adaptarmos ao mundo... É só termos a capacidade necessária para seguir a vida do jeito que a gente quer sem precisar ter que seguir outros rumos em direção a lugar nenhum.

Na verdade eu nem precisava estar falando isso. Não quero que fique parecendo uma lição de moral. É que eu me empolgo e fujo do assunto, mas enfim...

O ponto que eu quero chegar é que não precisamos ser "do contra" para sermos diferentes. Basta fazermos o que gostamos sem se importar com que os outros vão achar. A maioria das pessoas não faz isso. Você vai estar se encaixando na minoria que sabe aproveitar a vida à sua maneira, e não dentro dos paradigmas da sociedade.

É legal andar com gente que "pensa como você", que sabe se divertir sem precisar fazer tudo que os outros fazem.

Imagine você andando com um monte de gente que não tá nem aí para o que você pensa. Se você não sabe como é, nem queira saber. Mas eu sou chato e vou contar: É você assumir que gosta ou não de alguma coisa que para muitos parece ser estranho e a galera começar a te zoar por que você é um(a) babaca que não curte o que eles curtem. Isso vai ser ruim até para sua auto-estima. Você realmente vai se achar um babaca.

E se não for forte e corajoso para assumir a sua personalidade, vai acabar dando o braço a torcer, vai mudar o seu jeito somente para ser aceito em um grupinho. Então é melhor evitar isso e começar a fazer amizade com gente que realmente dá valor e respeita sua opinião. A grosso modo, ande com seu bando!

Não deixe ninguém fazer sua cabeça. Comece a se valorizar, a gostar de você. Você é mais especial do que imagina. Alguém com certeza te admira, e é essa pessoa com que você deve se preocupar em agradar.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...