Por que não se mata?

9 de dezembro de 2014


Algumas pessoas às vezes me perguntam:
“Então, você está vivo para quê?”
“Para nada,” eu respondo. “Para absolutamente nada. Só estou vivo. Não basta?” 
A pessoa insiste:
“Qual é o sentido da sua vida, então?”
“Nenhum”, eu respondo. “Absolutamente nenhum. Só estou vivo. Não basta?”
Algumas vezes, a pessoa desafia:
“Então, por que não se mata?”
Além de ser uma pergunta agressiva e mal-educada, confesso que nunca entendi bem essa provocação. É como se eu estivesse gostosamente me balançando em uma rede e alguém perguntasse:
"Se você sabe que vai ter que levantar daí inevitavelmente, por que não se levanta agora?”
Mas a resposta me parece simples e auto-evidente:
“Eu não me levanto agora porque agora estou muito bem aqui me balançando na rede.”
[Via Papo de Homem ]

3 comentários:

  1. É aquela história de parar e ficar parado, não precisa fazer sentido, não precisa ter motivo e de fato, não é fácil. Por isso a gente vive na correria, procurando motivos e sentidos.

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  2. Ou como costumo responder: "Não, agora tô de boa".

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