Confissões da madrugada

2 de junho de 2013


Eu sofro de um problema que me perturba dia e noite. Tenho o que vou chamar agora de distúrbio de desvio de concentração do presente. E não falo por vaidade - porque há quem goste de estar cheio de problemas... vai entender. Não há maneira que faça aquietar minha cabeça em relação a isso. Explicarei o que vem a ser esse tal distúrbio.
Gosto de ler, sobre qualquer coisa que me interesse. Ler abre minha cabeça e expande os caminhos que posso vir a seguir. Leio cores, leio fotografias, leio pessoas, leio livros, leio a vida. Ler não é um gostar-ou-não-gostar. A leitura faz parte de mim. Hoje, sou o que leio, e o que faço com isso me edifica. 
Ótimo.
Durante o tempo em que estive vivo por aí, passei por processos que todo aquele que se questiona e questiona também a vida já passou ou está passando. Tomei choques de realidade, cresci com minhas mudanças, chorei, aprendi, perdi o sono etc, etc, etc. Hoje estou em um estágio de aceitação e de novas descobertas. Normal, normal. Não quero ir além com essa história. É coisa que já se sabe.
O grande problema é que aprendi várias coisas e agora não sei o que fazer com elas. Não sei olhar para o presente mais. É como se eu estivesse flutuando, esperando o vento cessar para que eu caísse em algum lugar. Perdi a coragem de escolher pelo medo que tenho de estar jogando as outras possibilidades fora. Quero fazer tudo. Isso é terrível! Eu sei que não posso fazer tudo, pois sou só um!
Como se não bastasse, existe um problema maior que o grande problema:  a vida está passando, o tempo está correndo e o vento ainda está muito forte!!! Quando irei me firmar? Quando terei os pés no chão? Não quero mais ter apenas esperança. Esperar custa caro quando é só isso que você faz.
Preciso filtrar, colocar as coisas na balança, tomar decisões e tudo que for necessário para sair do lugar, mas eu simplesmente não sei por onde começar.
Torço para que esse momento seja apenas um rápido momento, como uma ponte que liga as descobertas com aquilo que farei com elas um dia. E que esse dia não esteja tão longe...

4 comentários:

  1. Também tenho isso, aprendi tanta coisa que acabo descartando algumas, esqueço de prestar atenção em outras e não sei o que fazer com tanta informação.
    Mas são momentos, Rodrigo, e espero que considere o presente sendo o seu passado e futuro, porque tempo não é uma linha tênue, é contínua. ^^

    A gente acaba aprendendo e vendo que somos capazes, faremos tudo que nos der pra fazer. Apenas.



    Ps. Terminei os livros do Harry Potter, e ainda assim prefiro os livros do Percy Jackson. Pode isso? Sou do contra? rs. Só acho HP uma série super estimada, mas Percy Jackson tem consistência na escrita...
    Depois me diz o que achou.
    Beijos

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    1. Realmente, Elania, é muita informação. Um bombardeio!
      Ficar perdido é uma consequência básica.
      São momentos. Eu preciso acreditar nisso.

      Vou te responder sobre os livros no seu blog, rs.
      Beijão.

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  2. Há tantas coisas que quero fazer, mas se contradizem tanto com as que preciso fazer. Pergunto-me se essa contradição não seria apenas uma desculpa para não enfrentar tudo o que eu encontraria pelo caminho se resolvesse seguir o que realmente quero. Ao mesmo tempo, não sei o que quero. É muita opção para pouca vida. Uma vida que está se acabando a cada minuto...

    Até mais, moço.

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    1. Pode ser uma desculpa. E se for, é a desculpa que mais funciona...
      E olha, também não sei o que eu quero... só sei o que não quero. Mas não me pergunte o que é porque não vou saber responder. Só digo sim ou não quando a vida me proporciona as escolhas...

      Eu desconfio que você sabe de muita coisa, moça.
      Beijos.

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