O gosto da liberdade

22 de novembro de 2011



Desejo a liberdade desde sempre. Hoje com mais gana como nunca antes havia aspirado algo. Quero-a, amo-a, suspiro ao pensar. E se fecho os olhos uma explosão cria outro universo em mim. Coisa paralela, que transpassa o que se entende como vida. O que eu entendo como vida. E não consigo acalmar o que se passa. Não sei disfarçar as dores dos desejos ignorados. Sei que espero por outra alma igual ou semelhante a minha. Que possa compreender e aceitar a solidão que não deixa de existir quando se está a dois, mas muda a face, vira solidão compartilhada. Pois é nela onde se encontra o elo perdido, a conexão com o próprio eu. Onde está você que consegue ler os meus olhos e segurar a minha mão, me acalmando sem dizer uma só palavra? Será que anda por aí procurando a mim ou se recusa a se apresentar porque ainda tem medo? Medo de quê? De ser feliz? Ora, entendo. É o medo que me impede de ser livre também.
Talvez tenhamos nascido para sonhar, somente. E imaginar como seria viver, esquecendo de fazer isso. Essa mania de criar uma projeção dentro da mente e ser livre somente dentro dela. Essa ilusão de final feliz, de tranqüilidade que meu pessimismo às vezes define como irreal. Mas renego a isso também. Liberdade não é escolher ser bom ou ser mau. Isso é quase ser livre. Liberdade mesmo é não escolher. Deixar que a vida nos carregue como simples crianças. E eu sei que você sabe disso, já que faz parte de mim. Você pode sentir como eu. Eu sei.
E mais. Que transplantem em minhas costas as asas de uma fênix, para que eu possa planar com fogo de transformação. De renascimento. E quando achar que está tudo bem, que esteja tudo errado, para que eu possa começar de novo quando precisar. Não quero apoiar um dos lados, quero estar entremeio, equilibrando.

2 comentários:

  1. Muito lindo o texto! Você escreve muito bem...
    Beijosss
    Bianca,
    Book Mania
    http://bookmaniablog.blogspot.com/

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  2. Achei seu blog dando uma bisbilhotada na ABL, como sendo um dos vencedores dos textos né? Sem dúvida! Parabéns pela maneira que escreves e por me fazer sentir também o que dizes e sentes.
    Se tiver vontade, está convidado a uma visita no meu blog também: www.samarashiele.wordpress.com
    Parabéns :-)
    Beijos.

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