Conversa informal
19 de outubro de 2013
-Você consegue entender as coisas que você lê? É porque eu
não consigo.
-Consigo, sim.
-Eu tento, mas as coisas não entram na minha cabeça.
-É por que você não pratica. Qual livro você está lendo?
-Eu não lembro o nome, mas é um que tem alguns ensinamentos.
-Pois é. Se você não praticar não dá pra aprender.
Ultimamente eu tenho lido muitas histórias fictícias. Essas não precisam ser
praticadas, só sentidas. Quando leio algo que exige uma análise mais profunda eu
geralmente faço marcações, anotações e analogias com a minha própria vida. Esse
tipo de leitura exige mais que uma simples absorção.
-É por isso que é bom ler quando se é jovem. Depois de velho
você não tem mais cabeça pra essas coisas.
-Então você acha que eu não tenho preocupações?
-Não estou dizendo isso. O que eu quero dizer é que as
preocupações dos jovens são poucas. Você tem os seus estudos, os seus amigos e
nada muito além disso.
-Você está falando sério?
-Sim, mas não quero ofender. É que é isso mesmo. Quando você
for mais velho vai me entender...
-Bom, passam muitas coisas pela minha cabeça. Algumas das
suas preocupações refletem em mim também, por exemplo. Além disso, as minhas
próprias preocupações vão muito além dos estudos e dos amigos.
-Ah, é? Que tipo de preocupações você tem?
-Não quero ofender, mas não se preocupe com elas. É que é assim
mesmo. Quando você for um pouco mais jovem vai me entender...
Como se a sua idade rotulasse as suas preocupações. Ingênuo!
ResponderExcluirPra você ver, Verônica!
ExcluirEsses estereótipos são terríveis...