Eis o verme que se alimenta da dor. O parasita que se sustenta tomando para si tudo aquilo que
de asqueroso existe em seus hospedeiros. O sugador de toda a escuridão. O ser que só se mantem vivo por saber que sempre
está morrendo.
A sensação de morte é o seu combustível.
Como é prazeroso
nunca se sentir vivo!
É doce o sabor da morte. A mesma morte que não é capaz de
o levar embora sem que precise acabar com seu corpo físico.
Fraca morte.
Odeia quando morrem. Ama quando vivem. A vida é o seu
propósito, paradoxalmente.
Ah, ele ama a vida! Ele ama a morte... Ama a morte... A
morte é tão fraca!
Verme arrogante. Parasita prepotente! Como pode querer para
si todos os problemas do mundo? Como ousa não querer dividi-los?!
Morte burra...
A força da vida é tão mais expressiva! E a vida só
depende da própria morte, veja só. Mal sabe ela que basta que suma daqui para
que o maldito hóspede sem querer se esvaia...
Sem querer se esvaia e morra de
vez, ora.
Mas sem estratégia a morte sempre perde.
Ao parasita oferecem os ares, mas o inferno foi o mais
próximo que ele conseguiu de alcançar o tão sagrado céu. E essa nunca foi sua vontade, de
fato. Sua vontade é poder estar. Nunca ser.
Continua vivo!
A morte é tão burra...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não feche a página sem antes fazer um comentário.
Sinta-se à vontade e volte mais vezes, se puder.