Top 15 - O Poderoso Chefão I
29 de dezembro de 2012
Esta postagem contém spoilers!!
Resolvi fazer essa postagem para deixar registrada a minha admiração pelo filme The Godfather (O Poderoso Chefão, no Brasil). As cenas são bastante fiéis ao livro de Mario Puzo, leitura que eu recomendo a todo mundo. Meu objetivo não é contar a história da família Corleone, mas apenas mostrar algumas imagens retiradas do primeiro filme da trilogia. Quem ainda não conhece pode ler os artigos da Wikipedia que falam sobre o livro e o filme.
Enquanto assistia, eu tirei alguns prints das cenas que eu mais gosto. São 15 no total e elas podem ser vistas, em ordem, a seguir:
1
Essa é a cena quando Jhonny Fontane procura a ajuda de Don Corleone para que ele consiga o papel em um filme de Jack Woltz. Jhonny diz que será muito difícil convencer Woltz, mas o Don responde com uma de suas frases preferidas: "Vou lhe fazer uma oferta irrecusável". Com isso, Vito quer dizer que usará qualquer artifício, mesmo que alguém precise morrer.
2
A morte de Luca Brasi. Bruno Tattagllia age junto com Virgil Sollozo (O turco) na execução de Luca. Sollozzo oferece bebida a ele, Bruno dá uma facada em sua mão e um capanga o enforca com uma corda por trás.
3
Vito Corleone é baleado pelos capangas de Sollozzo. Enquanto o Don faz compras na feira, dois homens chegam por trás e abrem fogo contra ele. "Não é pessoal, isso são apenas negócios", justifica Sollozzo.
Sobre ritos de passagem e alguma coisa a mais
23 de dezembro de 2012
Passei
do tempo em que comemorava datas religiosas, ou rituais de passagem de
estágios. 2012 foi um período de mudanças, bruscas em tantos momentos. Embora
isso signifique muito para mim, não consigo mais festejar com seriedade a
passagem de um ano. Tenho comigo que isso é apenas um rito necessário àqueles que
acreditam que podem enterrar os fatos passados e reiniciar, de certa forma, a
sua vida. Viável se você precisa acreditar que um período precisa acabar para
que tudo mude.
Ando
meio descrente das coisas. Passo por períodos difíceis, nos quais minhas
convicções e teorias sobre esses fatos da vida se chocam com o que ando
praticando dia após dia. Há uma eterna guerra dentro de mim que me impede de
seguir as coisas como a maioria segue, ou pensar como é conveniente, embora
viva do modo mais conveniente uns noventa por cento de todo o tempo. Vivo
contradições acerca das minhas ideologias em relação àquilo que ponho em prática.
Isso é terrível, e um tanto covarde de minha parte.
Não
sei mais em que acredito ou em que desacredito. É tudo uma mistura que se
resolve dependendo do momento e volta a se misturar quando não me coloco sobre
questionamento. Expressões como "espírito natalino" ou "tempos
de renovação" me fazem tanto sentido quanto acreditar que alguma coisa
pode se resolver por mágica. Não porque sou pessimista, embora o seja quase
sempre, mas por não mais crer em rituais sustentados por futilidade,
teatralização, irrealidade... Meus valores não me permitem ser assim mais.
Pena
que eu ainda não seja forte o bastante para sair por aí procurando alguém que
me entenda e que deseje ser "infeliz" comigo. É realmente uma pena
ter que estar em lugares onde a maioria das pessoas me indicaria uma casa para
recuperação de doentes se eu dissesse quais são meus ideais de vida. Esse
sentimento de estar deslocado, de olhar para os lados e não conseguir se
enxergar em nenhum olhar alheio, de tentar dizer implicitamente ao mundo o que
penso e não ser compreendido, e de tentar ser igualmente explícito ao mundo e
ser ridicularizado por ele, tudo tão terrível, tão amargo...
Mas
ao mesmo tempo tão bom, tão viciante, tão maravilhoso. Estar triste é vantajoso, permito-me descobrimento, ponho meus
instintos para funcionar, sinto a beleza da vida, mesmo que
contraditoriamente...